terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sinceridade ou Morte



 O cidadão do Rio de Janeiro realmente está em uma situação complicada, as autoridades após anos de descaso resolveram intervir e combater a criminalidade nos morros fluminenses. Em represália, fogo nos carros. E quem não é autoridade nem criminoso, como fica na história? Só resta pedir que seu carro seja poupado. "Seu criminoso por bondade, peço que poupe o meu carro, preciso dele para trabalhar. Rogo por sua gentileza em entender, obrigado" - Assinado: Cidadão que paga imposto, que trabalha, que cumpre as regras legais e éticas. Como diria Marisa Monte: Rir pra não chorar.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Filme - O amor nos tempos do cólera

Após um bom tempo da leitura do livro O amor nos tempo do cólera, de Grabriel García Márquez, prêmio Nobel de Literatura, consegui assistir o filme homônimo. E apesar de já ter assistido vários filmes baseados em obras literárias, nunca consegui me decidir se sou favorável ou não a filmagens de grandes clássicos, bem como se devo assistir e adquirir uma visão diferente ou permanecer com minhas fantasias inabaladas. Apesar de convir que sintetizar em um curto espaço de tempo obras tão densas não é tarefa das mais fáceis. Por outro lado mudar o enredo para se adaptar ao cinema também não convém, apesar de Os Miseráveis, o filme, ter melhorado bastante a célebre história de Victor Hugo. Voltando ao filme inicial, me surpreendeu encontrar Fernanda Montenegro no elenco ao lado de Javier Bardem em uma interpretação majestosa. A direção de arte e os figurinos são primorosos, e retratam com requinte um período que engloba o final do século XIX e o começo do século XX. A maquiagem e o processo de envelhecimento dos personagens também são bons, principalmente do personagem principal Florentino Ariza interpretado por Bardem. Resumindo um filme muito bom para quem leu o livro, embora não tenha feito o sucesso esperado. Fica a dica.

O amor e suas mazelas

Amar e ser amado, talvez seja a missão mais complicada nesta nova temporada em que o universo muda de lugar constantemente. Antigamente todos os valores já estavam pré-estabelecidos em qualquer relacionamento. As mulheres eram boas donas de casa, boas mães, sensatas e equilibradas. Os homens, bons homens dentro do padrão mínimo exigido pela sociedade. E a sociedade era sociável. Atualmente, vivemos dias de progresso, de igualdade e liberdade. A equação do amor correspondido tem encontrado novas variantes, seja por opção ou pela facilidade de locomoção entre mundos diferentes. O certo é que se você encontrou sua cara-metade, agradeça ao plano divino, com tantos caminhos e possibilidades somente o destino após várias preces seria capaz de tocar o coração de Santo Expedito. E ao contrário do que você possa estar imaginando não se trata do santo casamenteiro, afinal de contas a exigência amorosa estar em um patamar que somente um santo guerreiro acostumado em causas impossíveis poderia resolver. As mulheres com toda justiça desfrutam de outros ares, são mais corajosas, mais independentes sentimentalmente e por conseqüência, necessitam que o homem seja cada vez mais perfeito, romântico e ao mesmo tempo forte, inteligente e muitas vezes engraçado, sutil e determinado, bem sucedido e destemido. Os homens em contrapartida ameaçados em seu reino patriarcal tentam se adaptar a estas novas mulheres, na esperança vã de ainda encontrar a Amélia de outrora. E o amor que na visão de Platão é uma busca do que não se possui, tornou-se item desnecessário diante destes novos seres, que estão subtraindo na intenção de multiplicar. Diante de tantos problemas e diferenças, encontrar alguém que corresponda a todos os nossos anseios se tornou um tratado de guerra. No entanto, se você ainda procura o príncipe encantado ou a princesa adormecida, não precisa desespero, entenda que o amor é sorrateiro e na mesma proporção em que se esconde também bate a porta, magoa e conforta, se faz presente e vai embora. Por isso encontrar e cultivá-lo é tão complicado, nunca se estar preparado, apesar de sempre estar atento.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O pior cego...


Após ouvir Ricardo Teixeira (Presidente da CBF) e Carlos Arthur Nuzman (Presidente do Comitê Organizador da Olimpíada de 2016 e do Comitê Olímpico Brasileiro) afirmarem que acreditam totalmente na segurança organizada à base de esforços das três esferas governamentais, para os próximos eventos esportivos; pude enfim respirar aliviado diante dos últimos acontecimentos no Rio de Janeiro. Afinal de contas, esses dois senhores sensatos, conhecem bem a criminalidade e seus paradigmas, ou melhor, e suas empreiteiras. E sensato nada tem a ver com a notícia veiculada nos últimos dias em diversos canais de imprensa em que Ricardo Teixeira, atuando como pessoa física, é sócio da Confederação Brasileira de Futebol – CBF, (entidade a qual é presidente – ou dono) para formação do Comitê Organizador Local para a Copa de 2014, o COL.
O contrato social registrado na Junta Comercial do Rio de Janeiro prevê, divisão das cotas de participação na sociedade em 99,99% a CBF e 0,01% a Ricardo Teixeira. Prevê ainda, em seu parágrafo 1º, apesar das divisões, que, o sócio Ricardo Teixeira poderá decidir e endereçar eventuais lucros provenientes da Copa 2014 da maneira que bem entender. E entendendo-se que a copa terá um custo de 17 bilhões, entenda também como puder. Bem como sensato nada tem a ver com a intenção de Nuzman aumentar de forma exagerada a lista de restrições aos símbolos olímpicos, proibindo a utilização, mesmo que claramente não comercial, de termos como Olimpíadas e Jogos Olímpicos, a não ser com autorização expressa do COB e pagamento de royalties. Levada ao pé da letra, a restrição proposta do Nuzman poderia proibir mesmo a realização de Jogos Olímpicos escolares ou a já tradicional Olimpíada de Matemática. Além disso, o presidente do COB estenderia a lista de palavras restritas, incluindo termos como "Rio", "Rio de Janeiro", "2016" e até "medalhas" e "patrocinador". Ainda bem que o Senado Federal usou a sensatez e vetou tal projeto Nuzmaniano. Sem falar claro que esses senhores a mais de duas décadas não permitem que a democracia se faça presente nestas entidades. Agora me diga, num Brasil que precisa de infra-estrutura, de segurança, saúde, educação, de moradia digna, e políticos honestos, de que serve uma Copa e uma Olimpíada, senão ao interesse de poucos, bem poucos. E viva o Rio e seus pequenos problemas sociais.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Nordeste Independente

A estudante de direito Mayara Petruso, de São Paulo, inconformada com a vitória de Dilma Rousseff (PT), principalmente por conta da boa votação obtida no Nordeste, resolveu levar a questão política ao extremo. Ela atribuiu a derrota de José Serra (PSDB), seu candidato favorito, à população da região Nordeste. Por isso Mayara publicou mensagens polêmicas e preconceituosas contra os nordestinos em sua página no Twitter (@mayarapetruso) e no Facebook, ambas já deletadas por ela. "Nordestisto (sic) não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!", escreveu. Já no Facebook: "Afunda Brasil. Dêem direito de voto pros nordestinos e afundem o país de quem trabalha pra sustentar os vagabundos que fazem filhos pra ganhar o bolsa 171”


RESPOSTA EM VERSOS

 Trovador canta as belezas do sertão - Antonio Marinho, poeta Egipciense













O pior é saber, que este preconceito não é apenas um fato isolado, mas permeia o imaginário de uma grande parcela da população brasileira, não que o nordestino perca sua grandeza, tendo em vista ser antes de tudo um forte. No entanto, demonstra o quão este país é desigual. E sem querer ser regionalista, mas sendo apenas por raiva, o Nordeste possui um vasto expoente artístico, cultural, musical e político, de luta, bravura e resistência, seja pelas mazelas naturais, ou pelas naturais mazelas cotidianas. Antes mesmo de qualquer salvo-conduto embutido na industrialização, já existia este solo, que serviu de inspiração para muita gente. Solo este desprezado, castigado e sem oportunidades políticas, numa história de escravidão e exploração desde os primórdios, mas sempre gentil e acolhedor. Conheça o Nordeste e entenderá.


Me criei com cuzcuz e leite quente
Jerimum de fazenda e melancia
Com seis anos de idade eu ja sabia
Quantas rimas se usava num repente
Fui nascido nas mãos da assistente
Na ausencia dos olhos do doutor
Mamãe nunca fez sexo sem amor
Papai nunca abriu mão do seu direito
Obrigado meu Deus por ter me feito
Nordestino, poeta e cantador
(João Paraibano)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Abaixo-Assinado contra CPMF

Inacreditável como se tem falado em CPMF nos últimos dias, Dilma disse isso, Dilma disse aquilo, enganou o povo e ainda nem assumiu. Pois bem, nesse diapasão surgiu no Senado o seguinte Abaixo-Assinado contra a CPMF. Apesar de entender como mera politicagem, e principalmente como método vingativo de quem perdeu a eleição, assinei. Quem for contra aproveite o link. Clique Aqui

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cantoria - Louro e Pinto

Encontrei este pequeno documentário sobre Cantoria, e justamente com Louro do Pajéu e Pinto do Monteiro, está dividido em duas partes, e a voz dos cantadores deixa um pouco a desejar, tendo em vista tratar-se de um vídeo de 1969. No entanto serve ao seu proposito, e explica bem a cantoria e suas etapas, além de mostrar dois mestres. Um grifo para a lucidez de Louro, que ao ser perguntado se estava satisfeito com a profissão, respondeu: Estou porque estou vivo, constitui família, se não tenho o supérfluo, mas arrumo o necessário, as sobras não interessam porque também ficam... Se eu fosse bacharel talvez fosse medíocre, só fosse mexido num ambiente restringido. E como cantador sou conhecido no Brasil todo, meu prazer é esse, não tenho ganância, nem inveja, nem ambição, nunca desejei carro nem avião, só dá prazer a quem me ouve, minha satisfação é essa.

Colocando fones de ouvido, melhora bastante.



1ª Parte



2ª Parte

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Poesia - Fernando Pessoa


   A um bom tempo, quando as estradas eram de barro, escutei o cd de Zeto, poeta, compositor e cantador que passou por São José do Egito, e que possuia uma grandeza musical e poética imensa. Neste bendito cd existe uma adaptação de Lisbon Revisited de Fernando Pessoa, onde Zeto recita incomumente. Aliás, certa vez Jô Soares atreveu-se, e isto me fez gostar ainda mais desta versão clássica-sertaneja. Infelizmente Zeto faleceu em 2002, mas a sua verve viverá. Sendo assim nada mais justo, do que relembrar esta poesia, que me fez viajar por dois universos tão distintos e ao mesmo tempo tão semelhantes. Um Fernando Pessoa que disse em suas últimas considerações: Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão-Mestre dos Templários, e combater, sempre e em toda a parte, os seus três assassinos - a Ignorância, o Fanatismo e a Tirania. Viva Zeto, Viva Fernando Pessoa




Download do Poema

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Licença Política


Tabela publicada pelo Portal Meio Norte
Dilma, Dilma, Dilma.... Como pudeste ser tão autoritária?  E sem a menor delicadeza, desrespeitar as instituições democráticas, e se tornar a 1ª Mulher Presidente deste Brasil? Se nunca antes ocupaste nenhum cargo eletivo, sendo Serra o mais preparado, o mais honesto e o mais virtuoso? Como pudeste vencer sem ao menos explorar a tua prisão por convicções políticas libertárias, quando os adversários chamavam-te de terrorista? Digo-te mais, como podes ser tão sensata, em momentos adversos, fazendo da tua história de luta apenas um detalhe. Sinceramente, como pudeste aterrorizar as pretensões adversárias, de uma forma tão gentil? Talvez a culpa, tenha sido deste governo que possue a incrível aprovação de 80%, e que ao contrário do que muitos pensam, não encontrou este país nadando em um mar de prosperidade, aliás, obteve de herança uma dívida externa gritante, uma taxa de desemprego recorde e boa parte da população abaixo da linha de pobreza, embora avanços tenham sido feitos. O que é certo, é que pouco se fez, principalmente tendo FHC o currículo intelectual admirável que possue. Currículo este, que até hoje serve de contraste para com o atual Presidente, e que muitas vezes foi personagem principal da não-aceitação deste operário. Que encontrou no populismo uma forma de subverter a lógica. Desculpem-me, os não lulistas, mas o sofrimento e o preconceito em termos de dignidade, são bem superiores a qualquer diploma. No entanto, analisemos objetivamente o atual governo e os anteriores, com base em dados concretos, sem partidarismo. Apesar da revista Veja e da Rede Globo insistentemente fazerem o contrário. Sejamos conscientes, mas principalmente justos. Tenhamos ideologias partidárias e acreditemos fielmente no que professamos, mas sejamos principalmente justos. A partir de então, você possa escolher ser como Chico Buarque, aquele do "Cálice", de "Apesar de Você", de "Roda Viva", e tantas outras, ou ser como Roberto Carlos e seu calhambeque, pi pit.